quinta-feira, 26 de abril de 2012

Histórias de mistério e curiosidade


Jeannie Saffin era uma mulher inglesa cuja morte provocada por terríveis queimaduras em 1982, é citada por paranormais, pesquisadores e diversos autores como um exemplo verdadeiro de Combustão Humana Espontânea  (CHE) e é relatado como o caso suspeito deste fenômeno mais típico e recente do Reino Unido. Os relatórios feitos imediatamente após a suas lesões e posterior morte aparentemente apoiam a conclusão de que sua morte foi realmente causada por CHE, no entanto pesquisas posteriores lançaram dúvidas sobre algumas das provas e refutam as alegações de que seus ferimentos foram causados por CHE.
A história
Jeannie Saffin, estava com 61 anos quando o incidente aconteceu e tinha defeitos congênitos que produziram deficiências mentais que reduziam suas habilidades às de uma criança de seis anos de idade. Na noite de 15 de setembro de 1982, ela estava sentada com seu pai na cozinha da casa dafamília em Edmonton. Seu pai, Jack Saffin, estava distraído quando de 

repente sua atenção foi atraída para Jeannie. Sua filha, sem mais nem menos, estava ardendo em chamas. Jack Saffin e seu enteado Don Carroll, que também estava na casa, apagaram o fogo com água da pia cozinha, e então chamaram uma ambulância. Jeannie foi enviada para o North Middlesex Hospital e em seguida transferida para a unidade de queimados do Hospital Mount Vernon, onde ela foi tratada até a sua morte, oito dias depois do incidente, devido a "bronco-pneumonia provocada por queimaduras", de acordo com seu atestado de óbito.  Seus parentes sugeriram no inquérito policial que a morte poderia ter sido um caso de Combustão Humana Espontânea, mas o legista, Dr. John Burton, disse que "não existia tal coisa" e não confirmou este veredito.
Foto simulação
Os depoimentos do pai de Jeannie e de Don Carroll, afirmam categoricamente que Jeannie tinha chamas que saíam de seu corpo, principalmente de suas mãos e de sua boca, como se fosse um dragão, mas que não produzia som algum. Tanto Carroll como Jack Saffin têm repetidamente afirmado que antes de Jeannie começar a arder em chamas, não havia nenhuma fonte de ignição na cozinha que pudesse ter provocado o fogo em Jeannie, exceto a pequena chama-piloto do fogão a gás. Carroll também afirma que as roupas de Jeannie não queimaram e que não havia fumaça na cozinha. Vários pesquisadores de fenômenos paranormais citaram ansiosamente o caso Saffin como sendo  prova definitiva de que a Combustão Humana Espontânea é um fato e não uma lenda. Os defensores da teoria da combustão têm afirmado que uma das provas mais incontestáveis é que "ela queimou, mas suas roupas não".  No entanto, pesquisas posteriores feitas por Joe Nickell sugerem que as roupas Saffin foram sim queimadas. Em uma declaração escrita apresentada no momento da morte Saffin, Carroll afirmou que as roupas Jeannie foram gravemente queimadas. Além disso, relatórios da polícia indicam que após a sua chegada, policiais testemunharam a queima das roupas de Jeannie e as removeram depois de debelar as chamas. A fonte das chamas foi também examinada pelos céticos. Carroll afirmou que as chamas vieram da boca Jeannie, no entanto, a evidência médica não suporta esta conclusão: “A parte interna da boca de Saffin não foi danificada”, de acordo com registros do hospital. Os registros médicos também suportam a conclusão de que a maioria das queimaduras de Saffin foram o resultado de contato com a queima ou derretimento do nylon de sua roupa. Os padrões de queima e de fusão de suas roupas poderiam fazer parecer que o fogo vinha de dentro de Jeannie Saffin. Opositores da teoria da Combustão Humana Espontânea também têm uma possível explicação para a fonte de ignição da chama que incendiou a roupa de Jeannie, causando o fogo. Carroll fez várias declarações que a única fonte de fogo na cozinha era a chama-piloto do fogão. Em uma entrevista, porém, ele declarou especificamente que Jack Saffin, no momento do incidente, estava carregando um cachimbo com tabaco fresco. Nickell esboça uma explicação plausível, dizendo que Jack Saffin teria descarregado o tabaco usado de seu cachimbo, a fim de recarregá-lo, e que ao fazê-lo, acabou derrubando brasas do cachimbo nas roupas de Jeannie. Nickell sugere que isto é o mais provável, porque no momento do fogo, a janela da cozinha e a porta estavam abertas, causando um vento cruzado, que teriam iniciado o fogo ao lançar e atiçar as brasas em contato com as roupas de nylon, que por serem altamente comburentes, queimaram e causaram as graves queimaduras constatadas no corpo de Jeannie durante a autópsia. 
A verdade é que não se pode descartar as teorias dos que acreditam em um fenômeno natural, nem dos que acreditam em paranormalidade, nem tampouco dos céticos, o que torna a história de Jeannie Saffin um dos maiores mistérios do século XX, uma perfeita História Cabulosa.


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